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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

¡3 gotas de agua bendita!

¿Que tal una salsa para empezar bien la lunes?
 Gloria Estefan y "La reina de la Salsa, Celia Cruz" en

Tres Gotas de Agua Bendita

Composição: Gloria Estefan / Emilio Estefan
 
En la campiña sentada está mi abuela Luciana
Que aunque está vieja y cansada tempranito se levanta
Justo al cantío de un gallo y al toque de mi guitarra
Ella se viste de blanco pa´ la faena del día.
Y antes de coger la calle pa´ casa de sus vecinos
Le pone un vaso de agua al ángel de su marido
Y pa´ que nada le falte en el transcurso del día
Saca su pañuelo rojo y un poco de agua bendita.
Un, dos, tres, tres gotas de agua bendita
Y se te cura el lumbago y se te aclara la vista
Un, dos, tres, tres gotas de agua bendita
Con agua bendita, negrita, tos´ los males se te quitan
Un, dos, tres, tres gotas de agua bendita
Y un poco de hierbabuena, se curan las pesadillas
Tres gotas de agua bendita y se te aclara el futuro
Nunca te falte el trabajo y vas hasta el fin del mundo.
Con el pasar de los años mi abuela no comprendía
Que el mundo va progresando, que existe la medicina
Que existen computadoras, que existe la geografía
Que todo no se resuelve bañado en agua bendita, no, no.
Un, dos, tres, tres gotas de agua bendita
Para el dolor de cabeza no te hace falta aspirina
Un, dos, tres, tres gotas de agua bendita
Y un poco de hierbabuena te quita las pesadillas
Un, dos, tres, tres gotas de agua bendita
Pa´ que te cure el espasmo y nunca sientas envidia...
¡envidiosa!... a-há
Un, dos, tres, tres gotas de agua bendita
Pa´ que el muchacho de al lado te diga los buenos días
Tres gotas de agua bendita y se te aclara el futuro
Nunca te falte el trabajo y vas hasta el fin del mundo.
Mi abuela con el agua bendita, pero yo... ¡con azúcar!
Oye, celia, tienes un poco del azúcar esa pa´ cá
Ay, dejamos a gloria fuera, pero ella también tiene.....
¡azúcar!.
Un, dos, tres gotas de de agua bendita
Para el dolor, para el dolor, para el dolor de cabeza
De agua bendita
Ay, mi abuela no vive si no tiene el sabor
De agua bendita
Con tu pañuelo en la mano
Oye, gloria, ¿ese pañuelo es de guatalaja?.... ¿qué cosa?
De agua bendita
Para que nada, para que nada, para que nada te falte
De agua bendita
Ay, mi abuela si ve el internet se cree que es
De agua bendita
Agua bendita, agua bendita, qué rica
De agua bendita
Agua bendita pa´ tí, agua bendita pa mí y pa´ mi abuelita
De agua bendita.
Esa es mi abuela. la quiero con locura.
Y a ti también, celia
Tres gotas de agua bendita.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um pequeno poder pessoal: autodeterminação!

 Toda história tem um fim, mesmo aquelas que não tiveram um começo. Desde quando decidi que mando na minha vida, nos meus sentimentos, nos meus atos e nos meus sonhos, mesmo que às vezes eu perca as rédeas, sempre retomo o controle da situação e retomei no seu caso, tendo para mim que a nossa não-história e o seu intenso olhar ficaria no meu seleto álbum de melhores histórias e é assim que será.
Meditando e relacionando compreendi tudo, parei de me cobrar aquilo que não devia, parei de te cobrar aquilo que você não me devia. Construí a minha segunda chance e, agora, com licença que eu vou aproveitá-la...
Provavelmente esta mensagem se perderá e não chegará ao destinatário, mas que fique o testemunho de que é possível sim mandar e escolher os seus sentimentos é só não deixá-los tornarem-se maiores que você!
Abaixo, uma canção eloquente, interpretada por Rita Ribeiro, composição de Antonio Vieira, um um negro maranhense, homem do povo, que compôs mais de 400 canções e na voz de Rita Ribeiro ganhou o Prêmio Sharp em 1998.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Na boca da noite
(Toquinho e Paulo Vanzolini)


Cheguei na boca da noite, parti de madrugada
Eu não disse que ficava nem você perguntou nada
Na hora que eu ia indo, dormia tão descansada,
Respiração tão macia, morena nem parecia
Que a fronha estava molhada

Vi um rosto na janela, parei na beira da estrada
Cheguei na boca da noite, saí de madrugada

Gente da nossa estampa não pede juras nem faz,
Ama e passa, e não demonstra sua guerra, sua paz
Quando o galo me chamou, eu parti sem olhar pra trás
Porque, morena, eu sabia, se olhasse, não conseguia
Sair dali nunca mais

O vento vai pra onde quer, a água corre pro mar
Nuvem alta em mão de vento é o jeito da água voltar
Morena, se acaso um dia tempestade te apanhar
Não foge da ventania, da chuva que rodopia,
Sou eu mesmo a te abraçar











Ao Guilherme

 Eu não o conheço pessoalmente, mas quando a gente convive com alguém que ama como sua mãe ama você, é como se a gente te conhecesse. Há alguns meses eu vejo você deixar de ser um bebê para se tornar um menino, sua mãe contou e mostrou as fotos de você aprendendo a sentar, dos seus dentinhos, de você engatinhando e de você todo lindão, de terno, fazendo o pole dance na Igreja no dia do seu batizado.
Quando eu soube do seu acidente, eu fiquei muito triste, até escrevi uma carta para Deus, porque não é justo um bebê sofrer, pais amorosos sofrerem. Mas, por outro lado, pense comigo: essa barra que você está segurando vai passar, vai servir para te tornar um homem mais forte, um guerreiro, capaz de enfrentar desafios sem desanimar, acreditando em dias melhores e sabendo que diante das coisas que não são tão boas nem escolhidas existem pessoas que te amam incondicionalmente e se preocupam com você e, por tão pequeno ter experimentado algo tão assustador, você quando grande saberá retribuir e ser a pessoa que ama incondicionalmente e estende a mão a quem precisa.
Quanto à sua mãe, ela assim como você está assustada, por isso, olhe para ela com os seus olhos grandes e vivos, assim ela terá certeza da sua estrela, posto que do seu amor ela jamais duvidou, assim como você nunca duvidou do dela e as coisas ficarão mais fáceis, porque ela terá a certeza de que você ficará bem e será melhor.

Escrito impublicável das segundas chances...

Era um post grande, denso, sobre a segundas chances, mas ao revisar, não tive coragem de publicar. É certo que ao destinatário jamais chegaria, considerando que ele é demasiadamente ocupado para ler o que eu escrevo, mas ainda assim não tive coragem e preferi deixar que o Cláudio cante por mim...








quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Carta

Prezado Senhor Deus
Venho por meio desta expor-lhes algumas considerações que tenho feito acerca da vida e dos seres humanos. Se o Senhor existir como dizem, deve saber que há muito não lhe sou crédula, pelas mais diversas razões, mas por tantas outras razões não ouso a dizer que o Senhor não existe. Por isso, tenho procurado seguir a minha vida não o incomodando com os meus problemas, nem atribuindo ao Senhor aquilo que considero adquirido por meus próprios méritos. Não é nada pessoal, apenas uma fixação inexplicável em ser coerente.
Sempre ouvi dizer que o Senhor é quem manda em todas as coisas do universo, disseram-me que o Senhor é onipotente, onipresente e onisciente. Na mesma medida, também ouço dizer desde sempre que a humanidade é a fonte de todos os problemas do mundo. É certo que os seres humanos, categoria na qual me incluo com orgulho, não são as criaturas mais conscientes que o Senhor criou, somos biologicamente muito frágeis e moralmente muito volúveis, procuramos grande parte dos problemas que enfrentamos, por sermos incapazes de viver em harmonia com nossos semelhantes e com os nossos diferentes.
Contudo, se o Senhor me permite, eu gostaria de observar que apesar de termos cá as nossas culpas, talvez fosse a hora do Senhor rever o seu sistema de gestão e tratar de operar uma reengenharia, banindo da face da terra os seres humanos degenerados e inúteis e preservando aqueles que de fato fazem jus ao seu esforço criativo.
É certo que reconheço o seu esforço em ter nos enviado há algum tempo o seu único filho, que morreu por nós, mas pelo visto, não deu muito certo, justificando a necessidade de medidas mais heterodoxas.
Por fim, quero deixar muito claro que não é, em absoluto, minha intenção desagradá-lo ou afrontá-lo, gostaria apenas de expor o meu ponto de vista na qualidade de criatura e habitante deste planeta por vós criado.
Sem mais, coloco-me à disposição para maiores esclarecimentos

Luciana Marotti Cardoso

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Poder para o cabelo liso!

Um dia, a Mônica teve a idéia de fazer um blog dos lindos, o lance não foi pra frente, mas eu encontrei um texto que eu escrevi lá, antigão, mas que se aplica á ocasião... Dei uma revisada, uma repaginada e estou publicando aqui. Viva a reciclagem!

Ao contrário de minha amiga Karla eu simplesmente amo escova, posso dizer até que mantenho com ela uma relação sado-mazô.
Este ano, meu relacionamento com a escova completa 20 anos. Eu tinha 10 quando me recusei a prestigiar a apresentação de ballet de uma amiga por causa do meu cabelo que não é nem liso, nem enrolado, mas é muito, muito armado. Neste dia, minha mãe me mandou ao cabeleireiro Elvis, era vizinho de casa e lá ele me fez uma escova, daí, quando eu senti os meus cabelos balançando... eu me emociono só de pensar... percebi que aquele era o cabelo que eu queria ter para sempre.
Os tempo passou e grande parte da minha mesada foi gasta no cabeleireiro, com escova, até que eu entrei na faculdade e lá conheci a Nice, minha amiga cabeleireira, as pessoas custavam a acreditar que eu atravessava a cidade todo santo sábado só para fazer escova de graça, quer dizer, de graça não, na permuta, eu emprestava a ela os textos da faculdade, ajudava estudar e em troca ela me deixava com o cabelo que eu mereço ter.
Foi em 2005 que minha vida sofreu uma importante mudança, minha primeira escova progressiva. Dinheiro juntado de quase um ano inteiro mais o presente de natal do nono e um cheiro insuportável que quase me levaram a dormir na sacada do apartamento, mas o resultado, ah o resultado... Quando eu lavei o cabelo, sequei e ele continuou voltando depois de ser jogado para trás, balançando, as presilhas escorregando cabeça abaixo e a franja atrapalhando a leitura me fizeram compreender porque a propaganda diz que existem coisas que o dinheiro não compra.
Em alguns anos a progressiva se popularizou bastante para o bem e para o mal, a ANVISA meteu o bedelho onde não devia, “regulamentou” a fórmula que perdeu grande parte do seu poder, mas mesmo assim continua sendo indispensável em minha vida, é uma despesa fixa, a cada três meses lá estou eu passando a manhã ou a tarde no salão da Cássia.
Bem, mesmo com o advento da progressiva, eu preciso dizer que nada, nada mesmo substitui uma escova daquelas, onde o cabeleireiro puxa até a sua alma e coloca aquele ar quente no seu cabelo depois de lhe ter proporcionado um momento ímpar no lavatório e quando você pensa: “porque eu me submeto a isso” vem a resposta no espelho, um cabelo lindo brilhoso, liso e que te faz sentir absoluta, chutar o balde, fazer coisas que você jamais imaginou fazer.

Coisas pouco prováveis...

Eu: desculpe minha intromissão, mas está tudo bem com você?
Ele: (num portunhol desengonçado) não, estou muito preocupado, preciso entregar o documento que está aqui (apontando o pendrive) dentro de meia hora e não consegui imprimir, não tem nada perto por aqui para imprimir, não consegui prorrogar a entrega e terei sérios problemas...
Eu: Posso te ajudar, dá o pen para mim.
Ele: (estendeu o pendrive com uma cara meio incrédula)
Eu: (sou bem relacionada, consigo imprimir as 4 folhas e entrego para ele)
Ele: Poxa, muito obrigada! Não sei como te agradecer!!!
Eu: Não precisa, entregue logo senão você perde o seu prazo!
Ele: Me espera aqui amanhã, por favor...
Eu: Ok
Amanhã...

Ele: (no mesmo portunhol de sempre) Estava esperando, pensei que você não viesse
Eu: Não vinha mesmo, porque se você não estivesse aqui eu ficaria muito decepcionada
Ele: Mas eu estou!
Eu: Que bom!
Ele: (me estende a mão) Andrés
Eu: (seguro a mão dele) Luciana
Ele: El privilegio de amar!
Eu: Luciana e Andrés Duval
Ele: Você conhece?
Eu: Amo novela mexicana! Você é mexicano?
Ele: Não, venezuelano...
Eu: ... legal
Ele: Só vim mesmo te agradecer por ontem
Eu: Está agradecido! Quer ser meu amigo?
Ele: Quero!
Eu: Me dá seu e-mail
Ele: Anota... e o seu?
Ele: Preciso ir agora.
Eu: Eu também.
Ele: Até amanhã!
Eu: Até...
Amanhã de novo...

Ele: Oi!
Eu: Oi!
Ele: Você sempre passa aqui ou veio por minha causa?
Eu: As duas coisas... O que você está ouvindo?
Ele: (tira o fone de ouvido e me dá)
Eu: É JUAN LUIS GUERRA!!! A trilha do Pedro, o Escamoso!
Ele: Você conhece?
Eu: Lógico! Pena que ele não faça sucesso no Brasil e por isso eu quase não tenha acesso às músicas dele (na ocasião internet só discada)
Ele: Não por isso, amanhã eu trarei um CD com algumas músicas para você.
Eu: Obrigada!!!
Ele: encontrei um jeito de retribuir o favor!
Eu: Ah, não fiz esperando retribuição, só queria te ajudar mesmo...
Ele: Por quê?
Eu: Por que eu sou uma boa pessoa
Ele: ah, niña...
(celular dele toca)
Ele: "Yo tengo que ir".
Eu: Vai lá...

Mais um amanhã...
Ele: Oi!
Eu: Oi!
Ele: só vim trazer isso (uma CD com músicas do Juan Luis Guerra). Parto hoje para o Norte do país, não sei quando volto...
Eu: (com vontade de chorar) Como assim?
Ele: explico por e-mail, cuida-te niña (e beija minha testa)
Eu: não falei nada, só olhei ele ir embora...
... Como olhei por tantas e tantas vezes, anos depois, sempre depois de um CD do Juan Luis Guerra e beijo na testa...


A van

Pode parecer meio clichê, mas pertencer a um ou outro grupo social, as ditas tribos, rotula as pessoas e você acaba não podendo exercer tudo o que você é capaz. Entretanto, todos temos uma essência, quer gostemos ou não. Podemos desenvolver habilidades, comportamentos, talentos que disfarcem e sufoquem, mas a nossa essência está lá.
A minha essência é nerd, admiro os modernos, admiro os decididos, já tentei ser como eles e em algumas coisas eu até sou, mas no fundo, eu sou nerd, sempre fui.
Os nerds que me lêem agora, hão de concordar comigo: não se escolhe ser nerd! Mutas vezes você renega a sua essência, mas quando se tem consciência do que se é,  você passa a se orgulhar.
No senso comum o nerd é o camarada que vive para estudar e que não tem talento com as pessoas, mas na realidade, o Nerd é o cara que tem obsessão pelo certo. Nerd não quebra regras, pode até discutí-las, propor mudanças, mas não as transgride.
Quando criança nós nerds obedecemos aos nossos pais com o mesmo rigor que obedecemos as leis quando adultos.
Para não nerds, esse nosso instinto de ser correto parece um porre e como somos honestos com os outros e conoscos mesmos, dizem que não sabemos nos relacionar com as pessoas, quando na verdade, são as pessoas que não sabem se relacionar conosco.
Mas, deixando esse breve apanhado sobre a cultura nerd para outro momento, o que eu quero mesmo é falar da van!
Depois do ônibus do tio Wanderley, do micro -ônibus do tio Marcos, num momento mais avançado da minha vida acadêmica, na Universidade, veio a van.
Na qualidade de boa nerd, eu nunca  matei aula, nunca fui para o bar na hora da aula, de modo que o mais empolgante da minha vida universitária era a van.
Na van estavam as criaturas mais singulares fosse no volante com Bob assim apelidado porque ele gostava de bobiça ou o Sr. Cyro ou ainda os passageiros: Paulo, Lucélia, Gláucia, Ana Paula, Sr. Wilson, a Priscila, a Karina, a Júnia, a Juliana prima da Carolis, a Juliana da Reitter, a Andrea, a Carolis, eu e alguns outros doidos que não se integraram á egrégora da van e foram passageiros.
A van era uma espécie de boteco sem bebida e só com gente legal e dos mais diferentes cursos. De vez em quando rolavam uns desentendimentos, uns estranhamentos, como no dia em que o Paulo pisou de propósito no pé de uma menina muito, muito chata.
Eu me diverti tanto na van, tenho tantas  histórias que só elas dariam um livro. Mas, o mais importante da van era que nela estava o verdadeiro sentido da universidade.

P.S.: A van também era um espaço de culto ao brega...


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um samba entre dois ônibus

Quando eu estava na primeira série, eu estudava um pouco longe de casa e ia para a escola de ônibus escolar, o ônibus escolar do Tio Wanderley. Pense num ônibus bagunçado? Era aquele ônibus com buzina do Poderoso Chefão. As crianças iam dentro soltas e correndo, os maiores falavam toda sorte de palavrão com a cabeça para fora e havia ainda os que iam sentados no motor.
Eu, na qualidade de boa nerd, gostava de sentar no último banco e ia bem quietinha, porque sabia que era errado ficar gritando com a cabeça para fora, eu poderia me machucar, como poderia ocorrer se eu ficasse correndo dentro do ônibus.
Uma vez, estava um calor infernal e um menino jogou um papel de pirulito melado pela janela e o rebelde papel, levado pela força do vento, grudou no moicano de um punk.
O punk subiu no ônibus e gritou tanto, que todos silenciaram, o menino chorou e pediu desculpas, o punk foi embora e o Tio Wanderley nem ligou. Na ocasião, eu contei para a minha mãe, mas pareceu tão surreal que ela não acreditou e ainda hoje acho que ela não acredita. Por isso, eu continuei indo no ônibus do Tio Wanderley.
Porém, algo muito desagradou a minha mãe, foi quando o ônibus quebrou, pertinho de casa e, em plena década de 80 sem celular e com orelhões a ficha, o Tio Wanderley saiu para procurar socorro e nos deixou cantando bem alto enquanto ele resolvia o problema. A ironia do destino é que o ônibus quebrou em frente a casa da mãe de um amigo do meu pai onde eu ia sempre, lá na Praça da Colina em São Bernardo, mas como a timidez é um monstro indomável, eu fiquei com vergonha de dizer que a amável senhora deixaria o Tio Wanderley usar o telefone. Cheguei em casa com quase duas horas de atraso e nunca mais fui  para a escola com o Tio Wanderley.
Depois de quase um mês, meus pais encontraram outro transporte para mim, o do Tio Marcos, este por sua vez, era o extremo oposto do Tio Wanderley, ele exigia silêncio absoluto e, se alguém conversasse ele parava o micro-ônibus e mandava descer. Ainda bem que isso nunca aconteceu comigo, porque senão, eu teria tido um troço.
Enquanto meus pais não encontravam uma vaga para mim no ônibus do Tio Marcos, o meu pai me levava para a escola, sempre ia em carros diferentes, porque ele aproveitava para testar os carros que consertava. Fiquei bastante popular por conta disso, sempre vinham me perguntar quantos carros meu pai tinha e lá ia eu explicar pacientemente que apenas um era nosso, os demais era dos clientes, mas em todos eles, íamos ouvindo a rádio transcontinental, que tocava samba e sempre tocava uma música da Leci Brandão que eu gostava tanto que meu pai sempre deixava eu ouví-la até o final caso o trajeto terminasse antes da música.


Presente

Em Vivir para contarla, Gabriel García Márquez disse: "Nunca logré manejar la timidez. (...)aprendí que la timidez es un fantasma invencible". É assim que eu sinto, principalmente quando alguém me elogia, por mais sincero que seja o elogio e por mais que eu me saiba merecedora. 
Hoje de manhã, quando eu abri meu e-mail tinha um texto para eu publicar no blog escrito por uma pessoa muitíssimo especial. Embora tenha adorado o que ele escreveu, fiquei muito, muito sem graça, mas, como ele escreve muito bem, merece a públicação, embora eu tenha dúvidas se mereço o elogio.

Uma Mulher Diferente

Não...Ela não tem duas cabeças ou três pernas, caro leitor(a). Mas tem lá seus diferenciais (Mesmo que ela nunca saiba quais são), desde que a conheci, lá pelos últimos dias do já-meio-distante 2005.
Uma mulher muito querida e amorosa, cheia de surpresas agradáveis e muito doce, mesmo sendo (nas palavras dela) uma ‘estivadora’ em referência aos seus sentimentos.  Só eu (Sim, confesso, já a conheci pessoalmente) posso falar com propriedade desta encantadora autora que todos agora terão a oportunidade de conhecer neste blog.
Profissionalmente, ela vive para trabalhar e trabalha muito, exercendo seus talentos no front de guerra de uma multinacional telecom. E digo mais: Devido a sua inteligência, se percebe que este posto que ela ocupa, atualmente, é apenas uma escala para alçar vôos muito maiores, visto que ela tem plenas condição de faze-lo.
Aqui iremos conhecer a autora pontual, inteligente e concisa que nos irá trazer textos sobre o cotidiano, a internet e qualquer coisa que ela achar interessante e a interessar e for do gosto de vocês também.
Enfim, para não aporrinhar mais vocês com este texto e dar um tempo para ela limpar as lágrimas ou parar de rir sozinha, termino este humilde texto a desejando toda a boa sorte nesta empreitada com todo o meu carinho e amor.
Fiquem ligados!

 O Pupo!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ah, a Internet...

Eu gosto do ambiente virtual, sinto-me bem e confortável na Internet. Eu interajo bem no mundo real, faço amigos, mas parece que no mundo virtual é tão mais fácil de se aproximar das pessoas que se assemelham a você. Na Internet você descobre pessoas que não descobriria nas barreiras do mundo físico, nas barreiras da aparência e dos lugares frequentados.
Esses dias eu falei para o Fábio que gostava mais do mundo virtual, na verdade, eu me expressei mal (eu sempre me expresso mal com ele). Na verdade o mundo virutal é para mim como uma espécie de agulha com linha onde eu posso costurar o mundo real, acabar com buracos que não me permitiram ir além, posso juntar pessoas, posso juntar idéias.
Olha só que coisa louca: do Fernando que mora lá em Recife, eu conheci o Guilherme que mora em Curitiba, provavelmente, se eu visse ambos na rua, eu os acharia simpáticos, mas, não puxaria conversa com eles, por inúmeras razões. Mas na Internet é diferente, eu respondi a um comentário do Fernando e do Guilherme, fiz amizade com ambos e gosto deles. E, mais, o Guilherme postou uma música que no ato me lembrou minha amiga de infância e afilhada Ana Carolina a quem eu conheci numa época em que não havia internet e com quem eu mantenho maior parte do nosso contato graças à Internet...
Carolis, essa é para você


Bem, aos críticos da Internet e das redes sociais, tudo o que eu posso dizer é que gente medíocre é medíocre em qualquer ambiente..

Suerte!

Eu dei muita sorte na vida, mesmo tendo dado errado. Tudo bem que o meu futuro profissional é bastante incerto tanto quanto o meu presente é desagravável. Mas, ainda assim eu dei muita sorte de ter nascido na casa que eu nasci.
Meus pais nunca tiveram preconceito de nada. Na minha casa sempre todo mundo tomou banho de porta aberta e todos que eram convidados a entrar por um motivo ou outro eram tratados bem do mesmo jeito. Lésbicas, gays, muçulmanos, hindus, africanos, evangélicos, macumbeiros, ex-dependentes químicos, gente rica e da favela, todos passaram pela minha casa, todos foram bem tratados pelos meus pais e nunca os vi fazendo nenhuma distinção. 
O meu pai era mais reservado, como eu sou, embora de bom coração, a aproximar-se dele era um pouco mais difícil, já a minha mãe, pessoa mais expansiva não há. Ela conversa com todos, todo mundo gosta dela e ela gosta de todo mundo.
Acho que conviver com a diversidade fez de mim uma pessoa melhor, mais atenta às coisas do mundo e das gentes, embora minha timidez não me permita reproduzir em larga escala as minhas experiências sociais da infância. Acho que me saio bem na convivência, compreenção e defesa do diferente.
E, por falar em diferente, vejam vocês:  Moda de Rock, dois camaradas que interpretam os clássicos do Rock (que eu não gosto) com violas brasileiras (que eu gosto). Bom, né?


O McGiver de Mauá...

O Zé é o moço dos serviços gerais que conserta as coisas aqui de casa, da casa do meu nono, da minha tia e de mais um monte de gente. Ele é assim, baixinho, mirradinho, negro, migrante, mora na periferia de Mauá e tem pouco estudo.
Toda vez que o Zé vem consertar algo eu fico fascinada com a inteligência dele, que é assim um McGiver da construção civil, não há problema para o qual ele não apresenta uma solução inteligente, lógica e mesmo que informal, muito fundamentada.
Às vezes eu fico pensando o que não poderia fazer o Zé se tivesse tido ele capacidade de estudar e ter acesso à conhecimentos formais, da mesma forma que eu penso o que não poderiam fazer aqueles que estudaram, mas que nunca tiveram ou que perderam no caminho do formalismo a inteligência prática do Zé?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O que eu tinha escrito

Eu tinha escrito que te acho triste, uma tristeza bonita, que faz com que você se volte para dentro e procure tornar a vida dos outros melhor. Mas, ainda assim, nenhuma tristeza é agradável.
Escrevi que te acho bonito, pela forma como você projeta a cabeça para frente, com um olhar firme, seguro de si, se impondo lindamente, fazendo com que você seja para poucos, para os que não se intimidam e para os que se dispõem a ir além daquilo que você deixa.
Também escrevi que toda vez que eu te via sem te ver, a vontade que eu tinha era de te abraçar bem forte e ficar assim, em silêncio para que você sentisse tudo o que a minha intuição me diz sobre você e que eu não acho palavras para escrever.
Eu tinha escrito isso antes, agora eu escreveria tudo de novo e ainda falaria dos seus olhos vivos, tão escuros e brilhantes que hipnotizam, também falaria das suas mõs firmes, delicadas e calmantes e falaria do seu brinco, mas o que eu falaria mesmo é quer ser meu amigo, ouvir minhas teorias loucas, se embebedar da minha efusividade  e esquecer o mundo por algumas horas comigo?


Eu gosto da Gloria Estefan!

Eu gosto da Gloria Estefan!
Quem a conhece já riu, quem não conhece ficou com cara de ponto de interrogação e agora eu vou me explicar:
Eu gosto da Gloria Estefan, sempre gostei, desde criança quando ela era um ícone dos anos 80, a trilha de "Três solteirões e um bebê", as trilhas de novelas e depois das Olimpíadas... tá bom, ela cantou com Alexandre Pires, mas todo mundo pode dar um escorregão na vida...
Além disso, eu não disse que a música da Glória é boa, a maioria é ruim, mas ela tem pérolas pop, geralmente em espanhol.
Mas, o que eu gosto mesmo da Glória é o que pouca gente sabe. Ela é uma pop star que nucnca se envolveu em um escândalo, é psicóloga, fala 4 idiomas fluentes e é casada com o mesmo marido (de quem eu também sou fã) há mais de 30 anos. 
Embora cubana, ela não pode ir a Cuba, ou pelo menos não podia, também suas músicas não podem tocar lá, porque seu pai era guardacostas da primeira dama, mulher do ditador Fulgêncio Batista que antecedeu Fidel, participou da invasão à Bahia dos Porcos e, foi expatriado, assim como seus descendentes.
Eu gosto da Glória porque ela é inteligente, sabe que só funciona com seu marido, manager e produtor Emilio Estefan, este por sua vez, igualmente inteligente, sabia que ela venderia mais que a banda, recolheu-se dos palcos e é o grande nome do pop latino nos Estados Unidos.
Bem, eu ficaria aqui horas e horas, expondo os meus motivos para gostar de Glória Estefan, ou melhor, do casal Estefan, mas gosto não se explica nem se justifica.
Então, para quem compartilha do meu gosto,  como o presidente Barak Obama, segue a música que o presidente tem em seu ipod.

A música que eu tenho em meu ipod.



Um bônus






segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Príncipe Armorial

Este post encerrará, pelo menos por enquanto, a série dos Príncipes Marotti.O fato de ter sido deixado por último não significa que o príncipe seja menos importante, mas sim que ele é clássico (e também aniversariante do dia).
Às moças que meninas sonharam em crescer conhecer o homem ideal, com quem dividirão uma casa espaçosa com quintal e jardim, animais e filhos e que depois de crescidas, em função das mazelas da vida perderam a esperança de conhecer tal varão, eu digo: Ele existe e é um dos meus príncipes.
Elegante, erudito, culto, inteligente, poliglota, honesto, gentil, bom caráter, romântico de arrancar suspiro dos corações mais duros e, porque não dizer, bonitão. Lendo assim, você deve ter pensado: esse foi o príncipe que deu no saco da Cássia Eller quando ela ainda era uma garotinha sentada com suas meias três quartos e eu vos digo, não não.
Eu já vi o lado ácido do meu príncipe, as piadinhas politicamente incorretas, a efusividade etílica, as histórias de sedução, enfim, um lado B que em vez de lhe denegrir, o enaltece ainda mais.
Não poderia perceber esse homem completo, amigo de primeiríssima, com personalidade rica e generosidade ímpar que me encanta tanto como outra coisa senão como meu Príncipe Armorial.
Parabéns meu amigo, siga assim, sendo tudo isso, um Príncipe Armorial valente como um Leão do Norte, para deleite da população feminina que ainda pode acreditar nos seus sonhos de infância.
P.S.: Qual outra trilha lhe seria mais apropriada que essa?







domingo, 13 de fevereiro de 2011

Meu Príncipe.

Todos os príncipes até agora descritos, são bonitos, mas este foi o único cujo encanto foi despertado pela beleza. Ele é gato, grandão, uma beleza de moreno e a voz?
Entretanto, se ele não tivesse me entendido antes de mim, se não tivesse o talento e o gosto por agradar, seria só mais um bonitão e não a minha melhor história.
Com ele tudo é simples, tudo flui e, não raro flui mais do que deveria. Seu encanto não está nas suas qualidades óbvias, mas na sua dinâmica particular, para tê-lo é necessário abrir as mãos, fechar os olhos e aventurar-se.
Esse príncipe é etéreo em todos os sentidos, por isso, é controverso e só pode ser considerado príncipe se compreendida a sua lógica particular onde a única certeza é a surpresa.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Príncipe Geek

O meu príncipe de hoje é high-tech, um geek tipicamente paulistano, branquinho, de óculos e politicamente conservador.
De todos os príncipes este é o mais antigo, são muitos anos, nem me lembro bem quantos, de amizade honesta e real mantida em ambiente virtual.
Meu príncipe é todo coração, sensível, justo e confiável, é irritantemente correto, se alimenta direito, pratica exercícios físicos, economiza água, recicla o lixo e denuncia irregularidades, quase um galã de filme americano.
Ele é o meu ombro, meu espelho, meu farol, é para ele que eu quero contar tudo o que acontece, o que devia ter acontecido e aconteceu, o que não devia ter acontecido e aconteceu e o que está por vir. É o meu confidente, meu contraponto e é muito diferente de mim. Olhando assim, nós dois separados, nossa amizade seria improvável, mas como a amizade é a arte do impossível cá estamos nós, unidos para todo o sempre.
Quem quiser conhecer esse meu príncipe, olha o canal dele no youtube

http://www.youtube.com/DanielFragaBR

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Príncipe de Diamante

Bem, ontem eu deveria ter postado sobre o meu quarto príncipe, mas não sei por que, não saiu de jeito nenhum o fim do texto. Então, falhou. Mas, hoje quando eu estava chegando ao trabalho eu recebi uma mensagem, justamente do meu príncipe e o final do texto veio assim, bem facinho...
De todos os príncipes este é o mais difícil de descrever, porque o amo tanto que não é fácil ser isenta. Na verdade, ele é mais um anjo do que um príncipe. Um anjo por vezes rebelde, de personalidade forte tanto quanto o seu caráter que a cada dia que passa se mostra mais íntegro.
Essse príncipe é bonitão, traz as mãos cheias de futuro e estar perto dele é ter 20 anos de novo, embora eu faça questão de mimá-lo e tratá-lo como meu filhinho.
Esse meu príncipe anjo faz com que a cada dia eu descubra, reafirme e dê sentido à amizade, o melhor sentimento que o ser humano pode desenvolver em tantos anos.
Ficaria aqui falando dele por toda a eternidade, falaria do seu riso honesto, dos seus olhos brilhantes, do seu abraço acolhedor, da sua sensibilidade precisa, capaz de me fazer chorar com um SMS, da sua personalidade forte e vigorosa. Enfim, qualidades encantantes para ele não faltam.
Agora, meu príncipe seguirá a sua estrela, prenúncio de um belo futuro e eu estarei ao seu lado, mesmo que de longe, torcendo sempre para que ele continue sendo o melhor homem do mundo!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Antes ser um jeca jóia do que um "muderno" bijuteria

Já aconteceu com você de ouvir uma música, ou um trechinho, gostar e não saber muito bem onde ouviu? Pois comigo acontece direto e, uma dessas canções já foi até título de uma das minhas postagens, até porque concordo muito "se farinha fosse americana, mandioca importada, banquete de bacana era farinhada". Esse trecho há muito ecoa em minha cabeça, com ritmo e tudo e eu não sabia bem de onde vinha.
Por não saber de onde vinha, fui procurar e me deparei com uma grata surpresa, o violeiro Xangai, um baiano descendente direto de bandeirante e de um talento inigualável.
A música citada chama Nóis é jéca, mais é jóia e garantiu ao seus compositores, Xangai e Juraildes da Cruz o prêmio Sharp em 1998.
Antes ser um jeca jóia do que um "muderno" bijuteria




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Príncipe Bruto

Se em vez de príncipe eu tivesse decidido aproveitar a moda do momento e me dedicado aos vampiros, o meu terceiro príncipe seria o Vampiro Doidão, aquele da música do Raul Seixas cujo gato pôs um ovo. Isso por que, o meu príncipe de hoje é um bicho bruto, sem cerimônia te chama de gorda, mata barata a tapa e pede licença para miijar (é, segundo ele, velho urina, mulher, criança e gay fazem xixi e homem mija...).
Pode parecer estranho, mas toda essa tosquice é muito encantadora, por que é natural, retrato da espontaneidade, do bom humor e da inteligência apuradíssima do Príncipe, qualidades que o fazem transitar entre extremos como uma obra de cordel e ser das melhores companhias para conversar horas a fio sem perder o assunto, sem ter vontade de parar, já que ele não se rende.
O Príncipe Bruto é expansivo, no olhar, nos gestos e no sorriso, na cultura, na fala calma de sotaque forte, a impressão é de que ele quer tomar o mundo e a certeza é de que o mundo se rende a ele.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Príncipes Marotti II

O meu segundo príncipe é de todos talvez o que mais me cause encantamento, por que é o que eu menos encanto.
Pele cor de canela, cabelos muito escuros, olhos muito vivos e um sorriso "ancho" esse príncipe encanta pela sua inteligência, seu raciocínio rápido e sua capacidade de cuidar e sua bondade latente. É de todos os príncipes talvez o mais acolhedor, qualidade daquelas pessoas que a gente gosta e não sabe porque.
Diferente dos demais príncipes que eu consigo observar melhor, esse príncipe eu observo pouco. Ele se dá aos poucos, com precisão e altivez, por isso, é tão charmoso, por isso, é príncipe.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Príncipes Marotti

Walt Disney ganhou muitos dinheiros explorando a imagem das princesas das histórias tradicionais medievais. Essas princesas, por sua vez, vêm de geração em geração orientando e padronizando o comportamento feminino frente ao mundo e à vida.  Como eu tenho por objetivo fazer algo muito importante e ainda ganhar dinheiro com isso, eu vou criar os Príncipes da Marotti, baseados em homens reais, vou escrever histórias de príncipes possíveis que serão um ícone para o comportamento masculino e feminino. Serão criadas animações, mangás, filmes, livros, produtos licenciados em geral, será um sucesso puro.
Os Príncipes da Marotti são  encantantes, ou seja, são suficientemente especiais para causarem uma admiração genuína, o que é muito difícil em tempos de mediocridade generalizada.
Obviamente, a fim de evitar a fadiga e possíveis mal entendidos sobretudo com as princesas escolhidas por estes rapazes tão especiais com quem eu tenho a honra de conviver, não devo citar nomes.
Ah, também vale ressaltar que todos os príncipes são igualmente importantes, a ordem é meramente para obedecer ao cartesianismo do mundo.
O primeiro dos Príncipes da Marotti é a imagem da paz. Olhá-lo é ficar bem. Um rapaz de olhos firmes e uma postura impecávelmente coerente com sua crença.
Educado, gentil, inteligente e bem humorado, uma das coisas que mais chama a atenção é o amor que ele tem por sua irmã. A solidariedade para com a sua família e a capacidade de assumir para si a responsabilidade pelo seu sucesso e felicidade em vez de ficar esgueirado nos erros dos pais tomando-os como desculpa para a vadiagem.
Certamente a Aninha  (irmã do príncipe) será uma mulher muito realizada, escolherá um bom marido, porque tem como referêncial masculino um homem gentil, respeitoso com as mulheres e digno.
Será assim também a pessoa destinada a casar com ele, porque o fato de ser bom, não o torna em momento algum bobo ou joguete de ninguém, posto que é corajoso e convicto de suas crenças.
Às vezes, quando eu vejo alguém com um carro adesivado com o nome de Jesus, ou pessoas que trazem em suas roupas o nome de Deus tendo atitudes anti-humanas, por menores que sejam eu penso: Se eu fosse Cristo, descia aqui e quebrava tudo, mandando tirar o meu nome dessa palhaçada. Porém, quando eu lembro do meu príncipe,de sua fé e de sua coerência que o faz ser um testemunho vivo da postura cristã, eu penso: Jesus deve se sentir muito feliz, sabendo que pessoas como ele fazem a fé na humanidade valer a pena.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Se farinha fosse americana, mandioca importada, banquete de bacana era farinhada.


Ontem fui ao cinema com o meu querido amigo e filhote Rafo. Estar em sua companhia seja fazendo o que for é sempre agradabilíssimo, sobretudo, quando andamos de braços dados e as pessoas nos olham com certa perplexidade pensando que eu tenho um caso com um rapazinho bonitão e uma década mais novo. Mas, isso não vem ao caso nesse momento, o que importa aqui é comentar sobre o filme que assistimos: O cisne negro.
O filme tem lá o seu valor, o que faz que em vez de simplesmente ruim, ele seja angustiantemente ruim!
Trata-se da história de uma bailarina que almeja o papel principal no balé O Lago dos Cisnes e para isso tende lidar com questões internas todas relacionadas ao sexo. A atriz Natalie Portman que interpreta a protagonista, favorita ao Oscar, até que trabalha direitinho, o problema é a personagem principal que é uma chata.
Após assistir o filme, fui procurar as críticas, geralmente, faço isso antes de assistir, nesse caso, eu teria caído do cavalo, porque as críticas foram até bem generosas com a obra, ressaltaram como o diretor Darren Aronofsky explorou de forma freudiana os conflitos da protagonista, blá, blá, blá...
Na minha modesta, porém honesta opinião, o filme é muito ruim. O diretor perde a mão nos recursos de supreender o espectador na confusão entre realidade e delírio, chega uma hora que fica cansativo, feito bêbado em fim de festa.
As cenas de sexo então, nem se fale. É Natalie Portman se masturbando, Natalie Portman em cena de sexo homossexual, Natalie Portman sendo alisada e Natalie Portman alisando. Os homens, obviamente, piram nessa sacanagem toda, mas objetivamente falando, se o filme tivesse sido dirigido pelo Zé do Caixão e a protagonista fosse interpretada pela Matilde Mastrange em plena década de 1970 todo mundo ia torcer o nariz e chamar de pornochancada.
Por isso, meus caros, como diz a múscia: se farinha fosse americana, mandioca importada, banquete de bacana era farinhada...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Hablar español

Depois do português o idioma com o qual eu mais me identifico é o espanhol, acho a sonoridade linda, praticamente se fala como se escreve, e em canções dá um toque de sentimento que nenhum outro idioma proporciona.
Esses dias, ouvi de uma amiga poliglota que espanhol é brega, e músicas em espanhol, sobretudo as latinoamericanas são mais bregas ainda. Refletindo sobre, cheguei a conclusão de que a minha amiga tem certa razão, considerando que o brega prima pela estética do exagero e as canções latino-hispânicas sempre pendem para o exagero, principalmente nos arranjos onde se pode ouvir muitos metais nas regiões médias.
Independente de qualquer coisa, o fato é: eu gosto do idioma espanhol e gosto mais ainda de ouvir canções interpretadas por vozes primorosas como a de Eugenia Leon, a maior cantora mexicana do mundo!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Hoje é dia de Yemanjá! Odoyá!

A mitologia africana é extremamente rica e variada, os orixás desempenham papéis diferentes conforme cada uma das etnias, da mesma forma, que por ser oral, muito da mitologia se perde.
Apesar disso, existem alguns traços comuns sobre Yemanjá como o fato dela ter surgido para fazer companhia a Olodumaré, logo assumiu seu posto de senhora da criação. Entregou cada parte da natureza a um de seus dez filhos.
Outra questão é a do estupro por um de seus filhos, algumas tradições dão o fato como certo, procedido da fuga, da exaustão pela fuga onde seu ventre se abriu e dele surgiu os Orixás. As águas salgadas seriam as lágrimas que vertem dos seus ernormes seios pela violênica sofrida. Em outras tradições, o estupro não se consumou, a fuga e a exaustão ocorreram, mas as águas salgadas seriam produto da quebra de uma garrafa que ela trazia como presente de sua mãe.
Há ainda a questão de Yemanjá ser a protetora das cabeças após ter enlouquecido e curado seu marido.
Enfim, entre tantos mitos e lendas, hoje é o dia da Senhora das Águas, linda e poderosa em seus tons de prata e azul.
ODOYÁ!


Ah, o amor...

Ontem foi um dia que todo mundo decidiu falar de amor, de coração partido. Houve quem desenvolvesse uma discussão extensa no facebook, quem se declarou e não foi correspondido e ainda quem se desiludiu porque tinha certeza de que o jogo estava ganho, mas no amor, assim como no futebol, o jogo só acaba quando termina, a derrota imprevista foi inevitável.
E se eu pudesse ter musicado cada cena que eu vi, seria assim:

Nervos de Aço (Lupicínio Rodrigues - 1947) Na interpretação do próprio, inventor da dor-de-cotovelo, termo que se deve ao fato de que desiludidos apoiam os cotovelos sobre o balcão do bar e lá permanecem até afogarem todas as mágoas, quando terminam e quando passa o efeito do álcool, lá estão os cotovelos doendo...

"Há pessoas com nervos de aço
Sem sangue nas veias
E sem coração
Mas, não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito é ciúme, despeito amizade ou horror,
Eu só sinto é que quando a vejo
me vem um desejo de morte ou de dor"







Segredo (Herivelto Martins e Marino Pinto - 1947)
A interpretação é do Ney Matogrosso, por que não encontrei a original em vídeo e não sei fazer um podcast


"Quando o infortúnio nos bate á porta
O amor nos foge pela janela"







Laranja Madura (Ataulfo Alves - 1966) Na interpretação do sensacional Casuarina
"Laranja madura
Na beira da estrada,
Tá bichada Zé,
Ou tem marimbondo no pé."




Me voy (Julieta Venegas - 2006) na interpretação da própria.



"No voy a llorar y decir que no merezco esto
Porque es probable que lo merezco
Pero no lo quiero
Por eso
Me voy
Que lástima pero adios
Me despido de ti y me voy"