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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Abaixo ao texto apócrifo


"É a dança do maxixe, é a dança do maxixe (2X)
É um homem no meio com duas mulheres fazendo sanduiche"
Le Petit Prince

Pois é, caro leitor, você não acredita que o Pequeno Príncipe teria dito tais palavras, não é mesmo? Então, por que você acredita naqueles textos atribuídos ao Luís Fernando Veríssimo e ao Arnaldo Jabor? Talvez a resposta esteja no fato de você nunca ter lido uma linha de um livro escrito por eles...
A maioria desses textos que circulam na rede são textos apócrifos, ou seja, não foram escritos pelo escritor/cronista atribuído e, por isso, obviamente, o escritor/cronista não o reconhece.
Veja só, você pode até achar o máximo o texto atribuído ao Veríssimo ou ao Jabor, mas lamento informar, mas o texto não é deles!  Isso acontece porque na internet tudo é muito fácil de propagar e se o papel aceita qualquer coisa, a net espalha qualquer coisa.
Até entendo a covardia de quem escreve um texto que cai no gosto do povo em não assinar a sua obra, afinal de contas, ninguém repassará um texto do José das Couves, ao passo que o fará com gosto quando se trata de um texto do Jabor. Mas, eu não entendo quem repassa esses textos, ora, se você realmente gosta desses autores, vá lê-los de verdade, certamente, depois disso, você reconhecerá o estilo deles e não se submeterá ao ridículo de repassar e comentar um texto apócrifo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Rede social


Sou de Santo André e conheci o Fernando que é do Recife, a Lia de Brasília, mas já morou em Mossoró e a Elaine que é do Rio, mas agora está em São Paulo numa comunidade do Orkut.
Depois, reencontrei a Lia, a Elaine e o Fernando no facebook.
Comentando as postagens do Fernando, conheci o Guilherme que de Curitiba.
Acompanhando as postagens do Guilherme eu conheci a Banda Mais Bonita da Cidade que não é senão uma música que tem o mesmo clima de uma manhã de frio com sol.


terça-feira, 10 de maio de 2011

A maravilha da máquina

        Há alguns anos eu li um livro chamado a Máquina de Xadrez, baseado numa história real, do Wolfgang von Kempelen, um engenheiro, conselheiro da imperatriz Maria Teresa, da Áustria e da Hungria que no século VIII projetou um autômato em forma de humano, um turco capaz de jogar xadrez e derrotar os mais experientes e astutos adversários.
       O invento se tornou tão comentado que sua fama chegou aos Estados Unidos, virando tema de conto do Edgar Allan Poe. Obviamente que, naquela ocasião, ainda não havia tecnologia suficiente para uma máquina “inteligente”, sendo assim, o autômato não era senão uma grande farsa, pois seus movimentos eram comandados por um jogador profissional escondido num compartimento secreto.
       É óbvio também que na ocasião muitas pessoas desconfiaram do truque, mas ninguém conseguiu provar o embuste, o próprio barão Wolfgang von Kempelen morreu no começo do século XIX negando qualquer manipulação humana nos movimentos do autômato.  A farsa só foi admitira após a morte do inventor, por um enxadrista francês que chegou a manipular o Turco.
        De tão famosa, a máquina de xadrez foi parar num museu, lá na Filadélfia, mas um incêndio não permitiu que ela chegasse até o século XX e a grande farsa se encerrou ali mesmo no século XIX.
       O mundo gira, a tecnologia evolui, hoje não é novidade para ninguém uma máquina que jogue xadrez, nem encanta mais. Mas, esses dias, a minha amiga Ana Paula me contou de um super computador de altíssima capacidade, não só joga xadrez como responde as perguntas mais difíceis num jogo de perguntas de conhecimentos gerais, o nome dele é Watson, ele fala com o apresentador, cativa a platéia e tem uma capacidade incrível de revolucionar o mundo da informática.
       Bem, o fato é que desde sempre a máquina, mesmo sendo produto do humano, exerce sobre nós o mais poderoso fascínio, o mesmo que o espelho provocou no Narciso. Isso por que, vemos na máquina toda a nossa capacidade criativa e de realização, capacidade de concretizar o impossível, capacidade de ser humano.
       Penso que resolveremos os grandes assuntos quando o que for sublime por ser essencialmente humano e manifesto nas atitudes, pensamentos e crenças causar a mesma admiração e encanto que as máquinas.




segunda-feira, 2 de maio de 2011


        Quando eu li na folha que a novela Roque Santeiro vai ser exibida novamente no Canal Viva, fiquei tão contente, talvez de todas as obras televisivas que eu assisti essa tenha sido a de maior influência.
          A viúva Porcina com seus laços, seus brilhos, seus babados, seu espalhafato e sua trilha sonora foi o meu primeiro referencial feminino, a mulher que eu queria ser quando crescesse. Foi com a viúva Porcina que eu descobri que gostava de rosa. Sim meus amigos, até os cinco anos, eu não tinha roupas rosa, a minha mãe detesta esta cor, mas vendo Porcina em sua cama redonda com espelho no teto e suas roupas espalhafatosas, a maioria cor-de-rosa. Eu descobri que aquela era a cor que eu mais amava e que mais gosto até hoje.
          Bem, depois de um tempo, continuar tendo a Porcina como referencial, não pega bem, mas como abandonar o rosa e a música?