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sábado, 30 de abril de 2011

Deus me proteja de mim!

Havia escrito um texto enorme para introduzir essa música, mas ela é tão eloquente. Uma prece para os que crêem e um mantra para os que não crêem...

Deus Me Proteja

Chico César

Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa.
Da bondade da pessoa ruim
Deus me governe e guarde ilumine e zele assim

Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa.
Da bondade da pessoa ruim
Deus me governe e guarde ilumine e zele assim

Caminho se conhece andando
Então vez em quando é bom se perder
Perdido fica perguntando
Vai só procurando
E acha sem saber
Perigo é se encontrar perdido
Deixar sem ter sido
Não olhar, não ver
Bom mesmo é ter sexto sentido
Sair distraído espalhar bem-querer


 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Deixem o amor em paz!


                Eu não aguento mais ouvir falar de amor! Parem por favor!!!
             Impossível que num mundo tão grande e cheio de acontecimentos não haja outras coisas que possamos conversar, comentar ou publicar no facebook. Parece que ultimamente não há fome, não há guerra, não há perspectivas profissionais, não há uma piada de português ou de papagaio, o que existe é apenas o amor, ou, pior ainda, a falta dele.
             Quanto mi mi mi, quanto ninguém me ama, ninguém me quer. E, ao contrário dos manuais de auto-ajuda eu não vou dizer para cuidar do jardim que as borboletas vêm. Isso é balela, sabem tão bem quanto eu que as borboletas mais formosas parecem urubus, gostam é de aterros sanitários, não de jardins. Eu vos convido (incluindo-me) a pensar o seguinte: até que ponto precisamos mesmo desse “amor”?
             Diga-me encalhada (o) ou ciscador (a): será que esse amor de cinema americano não é mais uma coisa que bombardeando sua mente para vender mais? Claro que não há ser humano sem amor, amamos nossos pais, nossos amigos e porque não aquele gatinho ou gatinha especial, mas daí a só falar e pensar nisso, aí já é um exagero.
             Com ou sem o amor do cinema americano, a vida passa, os bons momentos, as oportunidades, a juventude, tudo vai nos escorrendo pelos dedos, então, em vez de parecer um cachorro de corrida atrás de uma salsicha inalcançável, porque não ser um vira-lata, comer o que aparece, sentir o prazer da liberdade e assustar o carteiro?
               A propósito, alguém sabe da situação do meu Ramalhão no campeonato brasileiro?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

As aulas de música.


                Quando criança pequena lá em São Bernardo do Campo, eu estudei numa escola muito boa onde tínhamos aulas de informática (no DOS) e de música, tudo isso no pré III e na 1ª série.  Das aulas de informática eu aprendi a digitar meu nome sem olhar no teclado e pelo meu bom comportamento eu sempre ganhava do professor Bruno, noivo da professora Cida de matemática e ciências, uma folha cheia de desenhos pixelizados impressos em branco e preto, numa impressora matricial que fazia um barulho infernal, cujas folhas tinham uma rebarbinha adorável de tirar.
                Das aulas de música com a professora Rita eu tive noções de teoria musical e a oportunidade impagável de ser eu mesma. Para minha sorte, meu pai sempre ouviu música boa e eu sempre gostei de ouvir música com ele. Bem cedo eu aprendi a mexer na vitrola e a ouvir música com fone de ouvido para não incomodar os outros.
                Quando eu comecei a freqüentar a escola, foi bastante difícil, porque os meus colegas não conheciam as músicas que eu gostava e eu não gostava do que eles ouviam, mas tinha vergonha de dizer que não gostava assim como me envergonhava dos meus gostos. Porém, nas aulas de música eu me destacava.
                A professora Rita era fã de Ivan Lins e Sá, Rodrix e Guarabira, na época apenas Sá e Guarabira. Eram artistas e canções que eu estava habituada a ouvir e quando ela ensinava as canções para os colegas eu sempre já sabia e sempre conquistava o posto de ajudante e não contente, ainda sugeria o repertório das aulas seguintes.
                E, no ano do lançamento do álbum Sá, Rodrix & Guarabyra – O Rock Rural de Sá, Rodrix & Guarabyra (1988), eu sugeri que essa música que eu gostava muito
 
                Ai, que alegria quando a professora trouxe para os colegas aprenderem na aula seguinte (é certo que quase ninguém aprendeu). Fiquei tão empolgada que sugeri uma do Ivan Lins do álbum Juntos, a professora Rita de pronto não aceitou e disse que era uma música muito triste para criança saber. Talvez o meu gosto por esse música não fosse senão o prenúncio do meu futuro...


O dia do beijo


                Perdi as contas de quantas vezes eu li e ouvi que hoje é dia do beijo. Bem, não vou me ater às questões físico-químicas do beijo, já que beijar é bom e todo mundo gosta. Porém, o beijo tem um significado importante nos relacionamentos humanos, há quem diga que esse ato surgiu ainda no tempo dos homens das cavernas, quando os homens de Neanderthal se lambiam para obter sal do suor do corpo do outro.
                Mais tarde, na Idade Média, o beijo se tornou uma espécie de assinatura que garantia fidelidade, considerando que naqueles tempos quase ninguém sabia ler e escrever, o jeito era apelar para gestos significativos.
                Daí por diante o beijo foi mudando, ganhando significados até chegar aos dias de hoje e não ter mais significado algum...
                Bem, para você que é antiquado, para quem o beijo significa algo, aproveite este dia que já está terminando e distribua beijos especiais. Veja: ninguém disse que hoje é o dia do beijo de língua, então, mesmo sem um amor, um “peguete”, ou um “fico”, é possível comemorar distribuindo beijos significativos naqueles que você ama, gosta, ou simplesmente não quer nunca que saia de perto.