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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eu, hein?!

E aí que um belo dia você recebe uma solicitação de amizade no facebook. Você dá aquela olhadinha, não conhece o cidadão pelo nome, não tem foto de perfil, mas vê que ele é amigo de um amigo seu, que interagiu com ele algumas vezes e aí, você adiciona, afinal de contas, rede social foi feita para socializar.

Passados alguns dias, você conversa com o cidadão pelo chatezinho do face, adiciona no MSN e a conversa flui por alguns dias. Que legal, um novo amigo!

Então, em determinado momento, após umas três ou quatro conversas você lê:

- Qual será o nome dos seus filhos?

Assustada, você responde:

- Que filhos, queridão? Eu não terei filhos!

O queridão, quase apertando o CAPS replica:

- Como assim você não terá filhos? O que é um casamento sem filhos?

E a tréplica:

- Calma amigão, que casamento? Que filhos? Do que você está falando?

Por fim, o xeque mate:

- Você é solteira, me aceita como amigo e quer dizer que não está procurando um marido? Um pai para os seus filhos?

Completamente sem entender nada, você só responde:

- Claro que não! Rede social é para socializar, a caça são outros quinhentos.

O queridão, já com o CAPS apertado, sem nada a perder lança:

- POIS BEM, PRAZER EM CONHECÊ-LA, MAS AMIGOS EU JÁ TENHO OS MEUS E NÃO PRECISO DE MAIS. ESTOU EM BUSCA DA MULHER DA MINHA VIDA, DA MÃE DOS MEUS FILHOS E EU SÓ TENHO 3 ANOS PARA ISSO, SOU UM HOMEM DE POSIÇÃO E QUERO DESENROLAR LOGO, NÃO POSSO PERDER TEMPO COM GENTE QUE NÃO CRESCEU E SÓ QUER BRINCAR NA INTERNET.

Nesse caso, sem ter o que dizer e sem a menor paciência de bater palmas para louco dançar você responde:

- Ok, boa sorte na sua procura.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Das coisas que eu aprendi com o meu pai


Eu aprendi muitas coisas com meu pai. Aprendi a passar o cadarço e amarrar o tênis, jogar paciência e freecel (com baralho mesmo, não no computador), aprendi a gostar de ler, de boa música (sempre com fone de ouvido), a mexer nos aparelhos eletrônicos e muitas coisas sobre o Rio de Janeiro.
Aprendi a dirigir em condições normais, na chuva, na neblina e quando quebra o cabo da embreagem.
Aprendi que não gostar é um direito, mas tratar bem é um dever e que não precisa viver perto de quem me faz mal, basta ignorar e seguir minha vida com a postura correta que todo mundo me respeitaria de volta.
Aprendi também que todo o castigo para corno é pouco, que corno deve pagar dobrado e que mesmo sendo tudo puta, viado, corno ou drogado, a opção sexual, cor, religião ou dinheiro, não significam nada, por que o que vale de verdade é o caráter e este independe de tudo isso.
Aprendi ainda que não se deve importunar as pessoas nas tardes de domingo, porque é o momento do cochilo semanal de quem trabalha a semana inteira.
Com o meu pai aprendi muitas coisas mais, tanto que nem cabe aqui nem em lugar nenhum, só não aprendi que nunca mais eu vou ver a novela das oito com ele.



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Agora, sim!


Todo mundo já fez algo de que tenha se envergonhado, todo mundo já fez um trabalho mais ou menos, todo mundo gosta de algo ruim e todo artista bom já gravou porcaria.
Taí um cara que já gravou muita porcaria, mas que no CD Ensaio de Escola de Samba se redimiu e arrasou, principalmente com essa canção do Sérgio Mendes. Embora falte divulgação, Leandro Lehart fez um belíssimo trabalho, muito bem cuidado em todas as etapas desde a escolha do repertório incluindo sambas-enredo das escolas de samba paulistas até a pós-produção e, o que é melhor, disponibiliza de graça para quem quiser baixar o álbum no www.leandrolehart.com.br e o próprio ouvinte estabelece o quanto vale a obra e contribui, se quiser.
Para quem já passou da fase do preconceito musical e gosta de música brasileira, eu acho bom e você?


sábado, 5 de novembro de 2011

Às vezes minha mãe acerta...


Há uns seis anos...

Minha mãe: Hoje eu vi uma moça no programa da Kátia (Fonseca) que cantava tão bonito, depois procura na internet que você vai gostar.
Eu: (com os meus botões) xi, lá vem bomba...
[Minha mãe tem um gosto musical bem, digamos, duvidoso. Mas, quase todas as vezes que ela me sugeriu algo eu gostei, como quando ela me mandou ouvir uma fita da Maria Bethânia, abelha rainha, eu devia ter uns seis anos e me apaixonei . Assim, resolvi dar um voto de confiança.]
 - Qual o nome da cantora, mãe?
Minha mãe: Ah, e agora que eu não lembro?
Eu: E como eu vou procurar?
Minha mãe: ... o sobrenome dela é o mesmo daquele amigo do papai que tinha o ganso e aquele carrão que não passava na garagem...
Eu: ... loading
      ... loading
Desisto, vou ligar e perguntar direto para o meu pai:
 - Pipe, como é o nome daquele seu amigo que tinha o ganso que acabou com o banco do carro que não passava na garagem?
Meu Pai: Cozza.
BINGO
Eu: ô mãe, meu pai falou que o nome do cidadão é Cozza.
Minha mãe: É, isso mesmo, o nome da moça é alguma coisa Cozza
Lá vou eu ao google, santo google e me vem:



Tenho que admitir, dessa vez, minha mãe acertou. Fabiana Cozza, além de ter um timbre lindo é classuda, cheia de estilo e muito original, talvez por isso, não figure entre as revelações da música brasileiras e, sinceramente, eu acho até bom, porque as revelações que vemos por aí dão uma preguiça...