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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A morte da morte

Esses dias eu vi um apresentador de televisão dizendo que um assassino cruel merecia a morte. Também ouvi alguém dizendo que esse deveria ser o destino da vilã da novela das oito.
Ora, que coisa mais incoerente, essa. A morte não é merecimento ou castigo para ninguém, é a realidade que mais cedo ou mais tarde nos tomará como tomará a todos os seres vivos.
É muito sofrido perder alguém que a gente ama seja pessoa ou bicho, a saudade, a falta, a certeza do nunca mais, tudo isso já é demasiado insuperável e quando se trata a morte como uma punição ou mérito, além de todas as dores da perda vem também a dor da injustiça, porque ninguém que nós amamos merece morrer ou fez nada para que fosse castigado com a morte, considerando tantos facínoras por aí, vivinhos da silva.
Quando se percebe a morte como um fato da vida, assim como nascer, as dores da perda não diminuem nenhum pouquinho, mas a dor da injustiça não vem pesar mais. Por isso, bandidos e vilões de novel merecem a cadeia, porque morrer, mais cedo ou mais tarde, assim como as pessoas de bom caráter, as plantas, os animais e todos os seres viventes, eles vão assim como eu e você.

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